Para combater a alta da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (17), subir a taxa básica de juros (Selic) para 7,5% ao ano. A nova taxa registrou um aumento de 0,25%, sendo a primeira vez que os juros sobem desde julho de 2011.
A decisão tomada pelo Copom já era esperada por boa parte dos
analistas de mercado e, dessa maneira, há a descontinuação do período de
juros na mínima histórica. A baixa dos juros nos últimos meses levou o
barateamento do crédito, o que aumentou o consumo das famílias
brasileiras.
A taxa de 7,25% era o menor patamar histórico da Selic e estava em vigor desde outubro do ano passado.
A decisão do BC, no entanto, não foi unânime. A divisão ficou entre
seis diretores que optaram pela alta de 0,25 ponto percentual e outros
dois pela manutenção. O BC divulgou nota após o fim da reunião do Copom
justificando a elevação da Selic:
“O Comitê avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de
aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação
mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária. Por
outro lado, o Copom pondera que incertezas internas e, principalmente,
externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a
política monetária seja administrada com cautela”
Nas últimas quatro reuniões do Copom, os juros se mantiveram em
7,25%. Anteriormente, a Selic havia registrado uma série de dez reduções
seguidas, iniciada em agosto de 2011 quando os juros reduziram em 0,5
ponto percentual.
Inflação preocupa
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA acumula alta de 6,59% em 12 meses até março,
acima do teto da inflação estabelecida pelo BC para o ano. Os
principais “vilões” para a alta da inflação foram os alimentos,
diminuindo consideravelmente o poder de compra da população mais pobre.
Com o aumento da taxa Selic, o alvo do BC foi a inflação. A decisão
deve induzir a um encarecimento do crédito, o que deve levar as famílias
a frearem o consumo. Com menos compras, a tendência é que o preço dos
produtos caia.
Willian Binder
Graduando em Administração na Uniersidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.
Willian Binder
Graduando em Administração na Uniersidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e estagiário do Dinheirama.